A simplicidade está permeada no mundo em que vivemos. E nós sempre procuramos por algo mais complexo do que o necessário, por mais exemplos desta equivocada troca que existam por aí. Existe um número infinito de exemplos. (Vejam eu complicando: para que dizer "um número infinito", se "vários" estaria de bom tamanho e evitaria aqueles ligados à área de exatas se questionarem se poderia mesmo haver, ao menos em teoria, um conjunto infinito deles).
Dentro da investigação criminal, sabe-se que, entre todas as explicações para um assassinato, a tese mais simples, em geral, é a verdadeira. Não foi o marido da empregada da namorada do filho daquele milionário que, por ter ouvido falar que o velhinho guardava muito dinheiro em sua residência, acabou tirando-lhe a vida ao tentar invadir sua mansão. Foi simplesmente o mordomo que se vingou por uma desfeita do patrão. Simples assim. E todos precisam ir até o fim do livro ou filme para descobrir que o mordomo é o culpado.
A minha área de trabalho é dentro da Matemática (em verdade, dentro da Computação também... não é simples definir qual delas -- complexo, não?) e, nesta área, é quase sempre verdade que todo teorema complicado, cheio de casos, cheio de "poréns", cheio de lemas, corolários, proposições e observações, deve estar errado. Os teoremas corretos são, comparados com aqueles concorrentes incorretos, os mais simples. É um bom exemplo de como é difícil enxergar a simplicidade da vida.
Nelson Rodrigues disse que "a vida é como ela é". Pode haver filosofia mais simples do que esta? No entanto, a frase ficou famosa e ganhou até mini-série na TV. Mais um exemplo de como a simplicidade faz sucesso em meio aos complicados.
Tocando neste assunto...
Hoje a minha filha me perguntou:
-- Papai, porque a pedra não come papá?
Puxa, como explicar?
-- Filha, deixa o papai te explicar... a pedra não é um ser vivo (ser vivo?? -- senti necessidade de elaborar mais). Os seres vivos são aqueles que se mexem (uma pedra lançada não se mexe? -- não podia deixar margem para outros questionamentos), pensam (como saber que uma pedra não pensa? -- precisava caracterizar melhor), crescem e tem filhinhos (ahh! Lembrei-me da aula de biologia neste ponto: um ser vivo é aquele que nasce, cresce, reproduz e morre. Deixei o 'morre' de lado por motivos óbvios). A pedra não faz nada disso! Entendeu?
Com a presunção de estar correta que a criançada de hoje possui, ela me respondeu quase no tom de uma bronca:
-- Não papai! A pedra não come porque ela não tem boca!
Pronto! Era isto! Simples, não?
Dentro da investigação criminal, sabe-se que, entre todas as explicações para um assassinato, a tese mais simples, em geral, é a verdadeira. Não foi o marido da empregada da namorada do filho daquele milionário que, por ter ouvido falar que o velhinho guardava muito dinheiro em sua residência, acabou tirando-lhe a vida ao tentar invadir sua mansão. Foi simplesmente o mordomo que se vingou por uma desfeita do patrão. Simples assim. E todos precisam ir até o fim do livro ou filme para descobrir que o mordomo é o culpado.
A minha área de trabalho é dentro da Matemática (em verdade, dentro da Computação também... não é simples definir qual delas -- complexo, não?) e, nesta área, é quase sempre verdade que todo teorema complicado, cheio de casos, cheio de "poréns", cheio de lemas, corolários, proposições e observações, deve estar errado. Os teoremas corretos são, comparados com aqueles concorrentes incorretos, os mais simples. É um bom exemplo de como é difícil enxergar a simplicidade da vida.
Nelson Rodrigues disse que "a vida é como ela é". Pode haver filosofia mais simples do que esta? No entanto, a frase ficou famosa e ganhou até mini-série na TV. Mais um exemplo de como a simplicidade faz sucesso em meio aos complicados.
Tocando neste assunto...
Hoje a minha filha me perguntou:
-- Papai, porque a pedra não come papá?
Puxa, como explicar?
-- Filha, deixa o papai te explicar... a pedra não é um ser vivo (ser vivo?? -- senti necessidade de elaborar mais). Os seres vivos são aqueles que se mexem (uma pedra lançada não se mexe? -- não podia deixar margem para outros questionamentos), pensam (como saber que uma pedra não pensa? -- precisava caracterizar melhor), crescem e tem filhinhos (ahh! Lembrei-me da aula de biologia neste ponto: um ser vivo é aquele que nasce, cresce, reproduz e morre. Deixei o 'morre' de lado por motivos óbvios). A pedra não faz nada disso! Entendeu?
Com a presunção de estar correta que a criançada de hoje possui, ela me respondeu quase no tom de uma bronca:
-- Não papai! A pedra não come porque ela não tem boca!
Pronto! Era isto! Simples, não?