sábado, 20 de novembro de 2010

Envelheci dois anos em um!

Novembro quase acabando, os enfeites de Natal começando a aparecer, as atividades extra-curriculares em ritmo de desfecho... quando isto acontece, já sei: meu aniversário está chegando.

Sempre foi assim. Na escola, ficava torcendo para as aulas se estenderem por dezembro para que eu passasse o dia em companhia dos amigos da escola, receber os parabéns deles, etc, mas sempre entrávamos de férias antes. Sempre torcia para ganhar dos parentes um presente de aniversário e outro de Natal, mas nada:

-- Olha, este fica de aniversário e Natal, tudo bem meu filho?

Será que quem faz isto realmente espera compreensão? Ou é apenas para humilhar o sujeito que não teve a sorte de nascer em março e receber todos os presentes a que tem direito pela convenção social?

O fato é que envelheci dois anos neste ano. Eu podia jurar que eu tinha trinta anos. Cheguei a afirmar isso em algumas ocasiões, preencher alguns formulários que me pediam a idade. Mas fazendo as contas agora, motivado pelo aniversário chegando, percebo que farei na realidade trinta e dois! Fiquei profundamente desapontado. Por pensar que estava com trinta, e agora sabendo que farei trinta e dois, sinto como se tivessem me roubado um ano. Pior do que envelhecer dois anos em um e receber um só presente de aniversário e Natal, é não receber os presentes do ano que se perdeu!

Tocando neste assunto...

Mas por que razão alguém esquece a própria idade?! Não seria a idade um dado tão fundamental, assim como o peso e a senha do banco, que alguém sempre a tem na ponta da língua?! Bem, no meu caso, não foi. Estou investigando diversas teorias para o ocorrido. Entre elas:

1) à medida que o tempo passa, ninguém passa a se interessar pela sua idade. Ao invés dela, perguntam o ano de nascimento. Apesar da equivalência entre as duas informações, a idade passa a não ser explícita e isto pode ocorrer se a atenção falhar;

2) Ninguém lembrou do meu aniversário ano passado. Nem eu;

3) Fui abduzido por uma nave espacial que viajou perto da velocidade da luz por aproximadamente um ano. Neste caso, pela relatividade, meu tempo cronológico se defasou em relação aos demais de um ano. Esta teoria para ser válida, necessita da condição de que ninguém percebeu minha ausência neste tempo, já que para mim o tempo esteve praticamente parado. A hipótese de número dois já me parecia deprimente, mas prefiro acreditar nela agora.

O mundo era perfeito

Quando eu era criança, eu achava que o mundo era perfeito. Não que eu tivesse nascido em berço de ouro, muito pelo contrário. E nem que eu t...