domingo, 7 de novembro de 2010

Minhas férias

Eu me lembro que muitas das minhas redações na escola primária tinham "Minhas férias" como tema. Para ser franco, eu só me lembro delas. Claro que este tipo de redação só faz sentido ser pedida no começou do ano ou após as férias de julho, e portanto eu deveria escrever sobre muitos outros temas ao longo do ano. Mas mesmo assim, elas de alguma forma ficaram gravadas na minha memória.

Hoje em dia, escrevo sobre tanta coisa, mas nunca mais voltei a escrever sobre as minhas férias. Ao invés de uma folha de papel e lápis, o instrumento é o teclado. Escrevo sobre uma justificativa do projeto ter atrasado, do porquê uma determinada solução técnica ser preferível a outra, sobre a análise que foi feita sobre um problema relatado por um cliente, envio propostas de projetos solicitados por clientes, preparo apresentações em Powerpoint, e até escrevo artigos científicos sobre grafos de intervalo. Escrevo e-mails para meus amigos sobre futilidades e, naturalmente, as postagens do blog. Mas nunca mais voltei a escrever sobre as minhas férias. Por que será?!

Ah, claro, o motivo é óbvio... eu não tenho mais férias.

Tocando neste assunto...

Há alguns anos, quando me mudei para o Rio, fiquei hospedado por algum tempo em um hotel, até me estabelecer na cidade. Depois de um mês hospedado, já enturmado com os funcionários do hotel, um senhor que trabalhava por lá me disse algo interessante:

-- Estou neste ramo deste moço, então deve imaginar quantos anos faz. Mas hoje em dia não é muito divertido trabalhar em hotel... os hóspedes vêm, ficam uma semana, saindo cedo e voltando tarde todo dia e sempre muito ocupados, e vão embora. Quando a gente está se acostumando com os rostos, muda tudo. Bom era antigamente! Os hóspedes vinham, ficavam um mês, traziam a família toda, conversavam, era muito mais divertido.

Eu não disse nada na época, mas hoje penso que deveria ser mais divertido para os hóspedes também.



O mundo era perfeito

Quando eu era criança, eu achava que o mundo era perfeito. Não que eu tivesse nascido em berço de ouro, muito pelo contrário. E nem que eu t...