Um amigo meu estava me falando dos seus planos de se casar em Las Vegas. Isto me lembrou de uma estória supostamente verídica que se passou há pelo menos vinte anos atrás. que foi quando eu li tal estória numa revista.
Tratava-se de um cara viciado em jogos cujo sonho era se casar justamente em Las Vegas. Logo que chegou ao hotel, no qual funcionava um grande cassino, o jovem noivo desceu com a noiva para jogarem roleta (vai entender). Mas o rapaz jogou tão pesada e desastrosamente, que seus cinco mil dólares destinados a brincar no cassino em seus dias de lua de mel se foram nas duas horas de jogo do primeiro dia de sua estadia.
Desconsolado, subiu com a noiva para o quarto enquanto esta tentava animá-lo. Ao entrar pela porta, porém, foi tomado por uma estranha sensação de que a sorte havia mudado. Mesmo sem acreditar, a moça permitiu ao rapaz que descesse novamente para terminar de arriscar os dois últimos dólares que restara na carteira do recém-marido.
Ao receber duas fichas pela troca, apostou-as no número 14 da roleta. Ela girou, girou e -- quem diria -- parou no 14! Ele ganhou então 70 fichas pelo palpite certeiro e tratou de apostar novamente todas suas fichas num único número, o vinte e sete desta vez. A bolinha rodou, rodou, e... vinte e sete! O rapaz ganhou 2450 fichas e, mais uma vez, apostou tudo num único número. A plateia foi ao delírio quando testemunharam novamente o rapaz acertar em cheio o número 30, resultando em aproximadamente 85 mil dólares de ganhos, em vinte minuto de jogo!
Quando ele colocou todas as fichas no número 7, o gerente foi chamado. Se ele ganhasse, o prêmio seria de nada menos nada mais que 3 milhões de dólares. O gerente então explicou que o limite máximo de aposta seria ultrapassado segundo as normas da casa, mas a estas alturas o público estava enlouquecido com o rapaz sortudo. Clamavam por ver a aposta maravilhosa dos 85 mil dólares em busca do milionário prêmio.
Para evitar a total paralisação da casa devido ao tumulto que se formou, o gerente decidiu então abrir uma exceção ao rapaz desde que fosse sua última aposta. Após o acordo, a roleta rodou. Girou, girou, até que a bolinha caprichosamente parou no número.... doze. Ele errou. E perdeu tudo.
Ao chegar novamente no quarto, encontrou sua esposa saindo do banho. Ela lhe disse:
-- E aí? Como foi lá?
Ao que ele respondeu:
-- Deu em nada. Perdi os dois dólares.
Tocando neste assunto...
Dentre as boas coisas que a vida me brindou, passar pela Linha Vermelha todo dia para ir trabalhar com certeza está de fora. Uma via expressa com este nome já diz tudo. Sempre engarrafada, cheia de acidentes, contenções... Isto em si não constitui o problema. O mal é que toda manhã e início de noite eu estou no meio desta confusão. A Linha Vermelha, em parceria com a função Snooze do meu despertador, é a principal culpada dos meus atrasos no trabalho.
Estes dias acordei já meio atrasado e quando reparei a quantidade excessiva de carros nas ruas, já concluí que chegaria este dia muito atrasado. Em pouco tempo, o trânsito parou. Depois de várias trocas de marchas entre primeira e segunda, de maneira involuntária, exclamei:
-- Deus, Deus! Livre-me deste trânsito, pelo menos hoje! Preciso chegar na hora!
Coincidentemente, a minha fila de carros -- das quatro existentes -- começou a andar. As filas vizinhas permaneceram paradas. Pensei: "Puxa, que sorte! Só esta fila está andando...". Logo a frente, no entanto, dava para ver que a minha fila pararia e que seria a vez da fila ao lado andar. Rapidamente, aproveitando uma distância de um carro a outro nesta outra fila, espremi meu carro entre eles. Nem precisei parar pois a fila logo se movimentou e permaneceu assim por um bom trecho.
Ao antever que ela pararia, mais uma vez tive a oportunidade de passar para uma fila ao lado. Esta fila andou apenas um pouco, no entanto consegui passar para a faixa ainda mais ao lado para pegar uma fila que começou a se movimentar livremente. A costura no trânsito estava perfeitamente coordenada e meu carro não parava um momento se quer!
E assim foi: Linha Vermelha inteira, centro, viaduto perimetral... Sempre que parecia que eu havia chegado num beco sem saída, eis que um carro abria passagem e eu conseguia me emburacar. Num trânsito congestionado por um oceano de carros, eu era o único que conseguia fazer uma velocidade média de uns 50 km/h. Cheguei a passar ambulância e carro de polícia que se movimentavam por entre os carros abrindo passagem com suas sirenes. Eu não acreditava! Seria aquele pedido que eu tinha feito?! Se fosse, a história se repetia. No lugar de Moisés, era Fabiano. Ao invés de Mar Vermelho, era a Linha Vermelha. Tirei o atraso e, em tempo recorde, cheguei ao trabalho adiantado cinco minutos.
Na verdade, foi quase isto. Cheguei cinco minutos adiantado de fato, mas ao estacionamento particular onde deixo o carro. Neste dia, a cancela quebrou justamente quando eu era o próximo a entrar. Os técnicos da manutenção do estacionamento demoraram a aparecer para verificar e o tempo de conserto não fez por menos. Conclusão, acabei por chegar vinte minutos atrasado no escritório.
Logo que sentei na minha mesa, o meu chefe aparece.
-- E aí Fabiano, chegou atrasado hoje?
Eu já ia começar contando a estória toda, mas então respondi:
-- É.... perdi os dois dólares.
sábado, 25 de junho de 2011
O mundo era perfeito
Quando eu era criança, eu achava que o mundo era perfeito. Não que eu tivesse nascido em berço de ouro, muito pelo contrário. E nem que eu t...
-
Quando eu era criança, eu achava que o mundo era perfeito. Não que eu tivesse nascido em berço de ouro, muito pelo contrário. E nem que eu t...
-
Estes dias eu vi o Tropa de Elite 2. Eu sei, todo mundo já deve ter visto. Com criança pequena, as idas ao cinema são muito menos freqüentes...
-
Dias atrás fiquei chocado com a notícia de que um amigo que há muito não via faleceu por motivo de doença. Novo, antes dos quarenta. Deixou ...