Eu não sei se isto ocorre com mais alguém (ou melhor, como outro distraído fatalmente existe, me pergunto se o seguinte ocorre com alguma parcela minimamente significativa da população): continuar desejando por aí às pessoas um Feliz Natal e boas festas de Ano Novo no período entre o Natal e o Ano Novo. Como estas felicitações nos acompanham durante dezembro inteiro, elas ficam no "automático". No final de qualquer conversa, as palavras quase que saem sozinhas: "Até mais! Feliz Natal e próspero Ano Novo!". O problema é que continuo dizendo esta expressão durante a última semana de dezembro -- na qual o desejo de um Feliz Natal fica sem sentido. Dizer que já estou me preocupando com o Natal do ano seguinte não cola.
Esta postagem é para justificar a você, que me encontrou agora, por estes dias, e ficou decepcionado pois não lhe desejei nada. Não interprete isto como uma indiferença em relação à sorte do seu próximo ano. Trata-se tão somente de uma precaução para não pagar este mico.
Tocando neste assunto...
Gostaria de desejar a todos um Feliz Natal (este, atrasado) e um próspero Ano Novo! Até 2011!
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
Mais fácil de roubar pirulito de criança
Depois de muito insistir, convenci minha mãe de que eu já era "moço" o suficiente para ir sozinho a padaria comprar pão de manhã. Eu tinha por volta dos meus seis anos. A padaria ficava a umas quatro quadras da casa onde morávamos. Até hoje, conhecendo a minha mãe, não acredito que ela tenha me deixado ir. A minha filha ainda não tem seis anos, mas acredito por exemplo que eu tenha dificuldades de deixá-la ir até o play sozinha, quem dirá até a padaria. É uma das poucas vezes na qual a minha persuação me colocou em perigo. Afinal, eram várias quadras, várias atravessias de ruas. Mas naquele dia, tudo correu bem. Ou melhor, quase tudo.
Cheguei a padaria e, orgulhoso, me dirigi ao caixa. Era uma padaria simples, onde o próprio dono era o caixa. Perguntei:
-- Este dinheiro dá para comprar cinco pães?
Não é uma forma usual de se solicitar cinco pães, mas foi a que me ocorreu na época. Para um garoto de seis anos, até que não foi das piores maneiras. Afinal, eu tinha uma cédula de dinheiro em mãos cujo valor monetário eu mal tinha noção. Logo, antes de sair pedindo por algo que possivelmente eu poderia não ter como pagar, preferi me certificar de que o dinheiro seria suficiente. O problema é que a resposta veio assim:
-- Este dinheiro dá para comprar cinqüenta pães!
Quando a minha mãe me viu chegando com duas sacolas do meu tamanho lotadas de pão, quase teve um troço. Eu expliquei como foi a coisa e ela ficou revoltada, dizendo como pode alguém passar a perna numa criança! Ela me puxou pelo braço e fomos até a padaria.
O padeiro não se mostrou arrependido. Disse que o que ele disse era verdade, e ponto. Se eu não tinha a capacidade de inferir que o dinheiro dava para comprar os cinco pães que eu queria a partir do fato de que ele dava para comprar cinqüenta então o problema era meu, e dela, que me designou para ir lá fazer a compra. Conclusão: naquela semana, o pessoal lá de casa comeu torrada a semana toda de café da manhã.
Tocando neste assunto...
Estava na casa dos meus pais outro dia, quando eles, querendo me servir um café antes que eu saísse, se lembraram de que faltava em casa material para fazerem um lanche. Eu me ofereci para ir ao mercado e comprar algo. Quando estava caminhando, decidi mudar de destino para ir até a padaria onde tal estória se passou. Quando entrei, lá estava ele! Muito mais velho, sentado num banquinho, ainda no caixa. Era ele o padeiro que me enrolou. Cheguei no caixa, e mandei:
-- Este dinheiro dá para comprar cinco pães?
-- Sim, claro. Cinco pães, então?
-- Pensa bem, ele também dá para comprar cinqüenta, não?
Ele me olhou bem, desconfiado.
-- Como?
-- Quero saber se ele também dá para comprar cinqüenta. Dá ou não?!
Após alguns instantes:
-- Fabiano!! Rapaz, é você, não é?! Está enorme! Quase não te reconheci!...
Depois de um papo curto, levei os cinco pães para casa. Foi legal, senti que rolou um clima de reconciliação.
Cheguei a padaria e, orgulhoso, me dirigi ao caixa. Era uma padaria simples, onde o próprio dono era o caixa. Perguntei:
-- Este dinheiro dá para comprar cinco pães?
Não é uma forma usual de se solicitar cinco pães, mas foi a que me ocorreu na época. Para um garoto de seis anos, até que não foi das piores maneiras. Afinal, eu tinha uma cédula de dinheiro em mãos cujo valor monetário eu mal tinha noção. Logo, antes de sair pedindo por algo que possivelmente eu poderia não ter como pagar, preferi me certificar de que o dinheiro seria suficiente. O problema é que a resposta veio assim:
-- Este dinheiro dá para comprar cinqüenta pães!
Quando a minha mãe me viu chegando com duas sacolas do meu tamanho lotadas de pão, quase teve um troço. Eu expliquei como foi a coisa e ela ficou revoltada, dizendo como pode alguém passar a perna numa criança! Ela me puxou pelo braço e fomos até a padaria.
O padeiro não se mostrou arrependido. Disse que o que ele disse era verdade, e ponto. Se eu não tinha a capacidade de inferir que o dinheiro dava para comprar os cinco pães que eu queria a partir do fato de que ele dava para comprar cinqüenta então o problema era meu, e dela, que me designou para ir lá fazer a compra. Conclusão: naquela semana, o pessoal lá de casa comeu torrada a semana toda de café da manhã.
Tocando neste assunto...
Estava na casa dos meus pais outro dia, quando eles, querendo me servir um café antes que eu saísse, se lembraram de que faltava em casa material para fazerem um lanche. Eu me ofereci para ir ao mercado e comprar algo. Quando estava caminhando, decidi mudar de destino para ir até a padaria onde tal estória se passou. Quando entrei, lá estava ele! Muito mais velho, sentado num banquinho, ainda no caixa. Era ele o padeiro que me enrolou. Cheguei no caixa, e mandei:
-- Este dinheiro dá para comprar cinco pães?
-- Sim, claro. Cinco pães, então?
-- Pensa bem, ele também dá para comprar cinqüenta, não?
Ele me olhou bem, desconfiado.
-- Como?
-- Quero saber se ele também dá para comprar cinqüenta. Dá ou não?!
Após alguns instantes:
-- Fabiano!! Rapaz, é você, não é?! Está enorme! Quase não te reconheci!...
Depois de um papo curto, levei os cinco pães para casa. Foi legal, senti que rolou um clima de reconciliação.
sábado, 11 de dezembro de 2010
A primeira vez que briguei
A minha primeira briga foi por volta dos doze anos. Calma, eu sou um cara pacífico. Deixe-me explicar melhor.
Quando criança, eu adorava aqueles desenhos japoneses, cheios de lutas, espadas, tiros, etc. Depois de quebrar a cama do meu pai umas duas vezes de tanto pular nela e socar sem querer o espelho do quarto dele, meus pais decidiram me matricular numa escolha de artes marciais, para eu gastar minha energia por lá. Aliás, este incidente de socar o espelho calhou de ser útil. Acabei cortando a minha mão e arrancando uma pequena verruga que eu tinha na base do dedo. Os médicos teimavam em dizer que não adiantaria removê-la, pois ela voltaria. Mas ela não voltou. Talvez eles não estivessem considerando a hipótese de removê-la com um espelho quebrado.
Quando meu pai me deu a notícia, fiquei super animado! Queria fazer caratê, por causa dos filmes do Daniel Sam. Comecei a imaginar se o meu futuro treinador seria parecido fisicamente com o senhor Miyagi. Mas as coisas aconteceram de forma um pouco diferente do filme.
Primeiro, a única turma que aceitou minha matricula no meio do semestre foi a turma de judô. Quando soube que não era caratê, dei uma desanimada. Mas depois descobri que usavam kimono da mesma forma, e aí achei que estava tudo na mesma família e que, portanto, estaria de bom tamanho. A segunda coisa foi descobrir que o meu treinador estava longe de ser um velhinho estilo senhor Miyagi. Ao contrário, o cara tinha uns trinta e poucos anos e media 2 metros por 2 metros. Tendo o porte físico dele, nem precisava saber judô para entrar numa briga.
No dia da primeira aula, me troquei no vestiário, coloquei o kimono e quando ia entrando, o assistente me perguntou sobre a faixa.
-- Que faixa?!, perguntei.
-- Ora, a faixa branca! Você não pode entrar sem uma faixa! Você precisava comprá-la em separado. Deixa eu ver se tenho uma faixa aqui para te emprestar por hoje..... hmmmm... branca eu não tenho... bom, use esta verde pelo menos para prender o kimono.
Quando cheguei na aula, o pessoal estava todo em aquecimento e eu entrei meio atrasado, por causa do imprevisto da falta de faixa. Depois do aquecimento, o professor reuniu todo mundo em cícculo, ajoelhados no tatami. E começou:
-- Bem pessoal, hoje temos um aluno novo, o Fabiano. Poderia se levantar para que todos o conheçam, Fabiano?
Fiquei de pé. Ele então continuou:
-- Fulano, faça uma luta com ele. Vamos ver o estilo dele.
Vocês já perceberam o que ocorreu: vendo a minha faixa verde, ele escolheu um outro faixa verde para lutar comigo. O tal Fulano se levantou, me cumprimentou daquela forma oriental de se curvar para o adversário e veio para o meu lado.
O cara ficou rodeando de longe, balançando o corpo, e dava uns botes tentando segurar o meu kimono. Teve uma hora, que ele chegou tão perto, que eu quase dei um soco nele. Eu não sabia que no judô soco não é permitido como no caratê. Se eu tivesse feito isto, teria sido um fora e tanto. Seria como começar uma luta de boxe e um deles tirar uma arma e atirar. Mas o fato é que eu não sabia nada sobre judô e todos achavam que eu sabia! Como ele ficava ciscando, tentanto me segurar, achei que eu devia fazer o mesmo. Em determinado momento, ele partiu para cima, agarrou minha roupa e eu agarrei a dele.
Aí começou um balança daqui, um passa a perna para derrubar, um empurra-empurra, e eu lá, firme, igual prego em bananeira. Tentava fazer igual. Mas uma hora não teve jeito: ele me deu um puxão, virou o quadril e meu jogou por cima. Eu caí de costas no tatami.
Pensei comigo: "Acabou a luta, ele ganhou!". Que nada! O cara caiu em cima, ficava segurando o meu pescoço, de forma que eu não conseguia ma mexer. E eu fiquei ali, parado, sem saber o que fazer, só preocupado se o cara ia me sufocar. O professor achando estranho, me perguntou:
-- Fabiano, o que foi?! Não vai tentar sair da imobilização? Se machucou?!
-- Não professor... argh... peraí, tá difícil falar... é que eu não sei o que fazer, devo tentar tirar este cara de cima?!?! (eu já estava planejando dar uma joelhada nas costas dele. o que tão pouco vale no judô).
-- Você é faixa verde e não sabe o que fazer ?!?!
-- Não, eu sou branca. É que eu não trouxe a minha, e aí o seu assistente me emprestou uma que estava lá dentro, e...
-- Pára tudo!!
Aí ele acabou a luta e entendeu a confusão. E foi assim a minha primeira luta.
Tocando neste assunto...
Um pouco mais tarde, tive o gostinho de estar do outro lado da mesa e receber "calorosamente" um colega recém-chegado, servindo de primeiro lutador de "reconhecimento". O cara era faixa cinza e eu também era. Antes de começar a luta, juro que pensei: "só falta o cara ter esquecido a faixa preta dele e o assistente ter emprestado uma cinza que estava por lá!..." Se fosse o caso, o negócio comigo era pessoal.
Quando criança, eu adorava aqueles desenhos japoneses, cheios de lutas, espadas, tiros, etc. Depois de quebrar a cama do meu pai umas duas vezes de tanto pular nela e socar sem querer o espelho do quarto dele, meus pais decidiram me matricular numa escolha de artes marciais, para eu gastar minha energia por lá. Aliás, este incidente de socar o espelho calhou de ser útil. Acabei cortando a minha mão e arrancando uma pequena verruga que eu tinha na base do dedo. Os médicos teimavam em dizer que não adiantaria removê-la, pois ela voltaria. Mas ela não voltou. Talvez eles não estivessem considerando a hipótese de removê-la com um espelho quebrado.
Quando meu pai me deu a notícia, fiquei super animado! Queria fazer caratê, por causa dos filmes do Daniel Sam. Comecei a imaginar se o meu futuro treinador seria parecido fisicamente com o senhor Miyagi. Mas as coisas aconteceram de forma um pouco diferente do filme.
Primeiro, a única turma que aceitou minha matricula no meio do semestre foi a turma de judô. Quando soube que não era caratê, dei uma desanimada. Mas depois descobri que usavam kimono da mesma forma, e aí achei que estava tudo na mesma família e que, portanto, estaria de bom tamanho. A segunda coisa foi descobrir que o meu treinador estava longe de ser um velhinho estilo senhor Miyagi. Ao contrário, o cara tinha uns trinta e poucos anos e media 2 metros por 2 metros. Tendo o porte físico dele, nem precisava saber judô para entrar numa briga.
No dia da primeira aula, me troquei no vestiário, coloquei o kimono e quando ia entrando, o assistente me perguntou sobre a faixa.
-- Que faixa?!, perguntei.
-- Ora, a faixa branca! Você não pode entrar sem uma faixa! Você precisava comprá-la em separado. Deixa eu ver se tenho uma faixa aqui para te emprestar por hoje..... hmmmm... branca eu não tenho... bom, use esta verde pelo menos para prender o kimono.
Quando cheguei na aula, o pessoal estava todo em aquecimento e eu entrei meio atrasado, por causa do imprevisto da falta de faixa. Depois do aquecimento, o professor reuniu todo mundo em cícculo, ajoelhados no tatami. E começou:
-- Bem pessoal, hoje temos um aluno novo, o Fabiano. Poderia se levantar para que todos o conheçam, Fabiano?
Fiquei de pé. Ele então continuou:
-- Fulano, faça uma luta com ele. Vamos ver o estilo dele.
Vocês já perceberam o que ocorreu: vendo a minha faixa verde, ele escolheu um outro faixa verde para lutar comigo. O tal Fulano se levantou, me cumprimentou daquela forma oriental de se curvar para o adversário e veio para o meu lado.
O cara ficou rodeando de longe, balançando o corpo, e dava uns botes tentando segurar o meu kimono. Teve uma hora, que ele chegou tão perto, que eu quase dei um soco nele. Eu não sabia que no judô soco não é permitido como no caratê. Se eu tivesse feito isto, teria sido um fora e tanto. Seria como começar uma luta de boxe e um deles tirar uma arma e atirar. Mas o fato é que eu não sabia nada sobre judô e todos achavam que eu sabia! Como ele ficava ciscando, tentanto me segurar, achei que eu devia fazer o mesmo. Em determinado momento, ele partiu para cima, agarrou minha roupa e eu agarrei a dele.
Aí começou um balança daqui, um passa a perna para derrubar, um empurra-empurra, e eu lá, firme, igual prego em bananeira. Tentava fazer igual. Mas uma hora não teve jeito: ele me deu um puxão, virou o quadril e meu jogou por cima. Eu caí de costas no tatami.
Pensei comigo: "Acabou a luta, ele ganhou!". Que nada! O cara caiu em cima, ficava segurando o meu pescoço, de forma que eu não conseguia ma mexer. E eu fiquei ali, parado, sem saber o que fazer, só preocupado se o cara ia me sufocar. O professor achando estranho, me perguntou:
-- Fabiano, o que foi?! Não vai tentar sair da imobilização? Se machucou?!
-- Não professor... argh... peraí, tá difícil falar... é que eu não sei o que fazer, devo tentar tirar este cara de cima?!?! (eu já estava planejando dar uma joelhada nas costas dele. o que tão pouco vale no judô).
-- Você é faixa verde e não sabe o que fazer ?!?!
-- Não, eu sou branca. É que eu não trouxe a minha, e aí o seu assistente me emprestou uma que estava lá dentro, e...
-- Pára tudo!!
Aí ele acabou a luta e entendeu a confusão. E foi assim a minha primeira luta.
Tocando neste assunto...
Um pouco mais tarde, tive o gostinho de estar do outro lado da mesa e receber "calorosamente" um colega recém-chegado, servindo de primeiro lutador de "reconhecimento". O cara era faixa cinza e eu também era. Antes de começar a luta, juro que pensei: "só falta o cara ter esquecido a faixa preta dele e o assistente ter emprestado uma cinza que estava por lá!..." Se fosse o caso, o negócio comigo era pessoal.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Parabéns a Você!
Conforme eu havia anunciado numa postagem passada, o meu aniversário chegou. Não é hoje exatamente. É que no dia do aniversário eu não pude vir aqui escrever, então deixei para hoje. Bem, não hoje especificamente, mas para algum dia em que eu tivesse mais tempo (muito embora hoje não tenha sido exatamente um dia tranqüilo). Enfim, estou rodeando muito: escrevo hoje, que não é o meu ainversário, sobre ele, queira você goste ou não.
Sempre achei engraçado que no aniversário damos os parabéns as pessoas. Parabéns pelo quê exatamente?! Seria pela competência do sujeito de ter nascido naquele dia e mês de muitos anos atrás? Até que poderia ser, afinal de contas, o obstetra marcou o dia do nascimento e você saiu de lá naquele dia, cumprindo o prazo acordado. Ou seria pelo fato do aniversariante ter conseguido sobreviver durante mais um ano? Aqui no Rio, em meio a balas perdidas, faz todo o sentido, mas não creio ser este o motivo fora daqui. Em suma, nenhum motivo decente me vem a cabeça.
Tocando neste assunto...
Até a década de 40, a tradicional música de comemoração de aniversário consistia dos versos de "Happy Birthday to You", cantada em inglês mesmo. Insatisfeita com isso, a rádio Tupi organizou um concurso para premiar a melhor versão brasileira da música, com júri formado por membros da Academia Brasileira de Letras. A ganhadora foi a pindamonhangabense Bertha Celeste Homem de Mello, com os seguintes versos:
Falta saber quem é o autor da continuação imortal "Com quem será, com quem será (...)".
Bertha pertence a Academia Pindamonhangabense de Letras, morreu em 1999 aos 97 anos. Mencionou ter se emocionado durante a entoação de sua composição em diversas ocasiões. Não é para menos, concordam?!
Sempre achei engraçado que no aniversário damos os parabéns as pessoas. Parabéns pelo quê exatamente?! Seria pela competência do sujeito de ter nascido naquele dia e mês de muitos anos atrás? Até que poderia ser, afinal de contas, o obstetra marcou o dia do nascimento e você saiu de lá naquele dia, cumprindo o prazo acordado. Ou seria pelo fato do aniversariante ter conseguido sobreviver durante mais um ano? Aqui no Rio, em meio a balas perdidas, faz todo o sentido, mas não creio ser este o motivo fora daqui. Em suma, nenhum motivo decente me vem a cabeça.
Tocando neste assunto...
Até a década de 40, a tradicional música de comemoração de aniversário consistia dos versos de "Happy Birthday to You", cantada em inglês mesmo. Insatisfeita com isso, a rádio Tupi organizou um concurso para premiar a melhor versão brasileira da música, com júri formado por membros da Academia Brasileira de Letras. A ganhadora foi a pindamonhangabense Bertha Celeste Homem de Mello, com os seguintes versos:
"Parabéns a você,Minha taxa de acerto no Hino Nacional consegue ser maior do que no Parabéns a Você: com exceção do último, todos os demais versos eu canto errado. Incluindo o título.
nesta data querida,
muita felicidade,
muitos anos de vida".
Falta saber quem é o autor da continuação imortal "Com quem será, com quem será (...)".
Bertha pertence a Academia Pindamonhangabense de Letras, morreu em 1999 aos 97 anos. Mencionou ter se emocionado durante a entoação de sua composição em diversas ocasiões. Não é para menos, concordam?!
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Como perder tempo: contrate um serviço!
É um erro crasso subestimar o esforço necessário para gerenciar um serviço contratado. Um serviço nunca se completa do jeito que você esperava sem um esforço inesperado de sua parte.
Se você ganhou 3 meses de alguma assinatura numa promoção relâmpago, se prepare para ter que ligar para o call center e jurar que você contratou o serviço na vigência daquela promoção e que, portanto, a cobrança é indevida.
Se você não abriu a caixa na loja para ver se o produto estava avariado antes de levá-lo para casa, vai ter que se acostumar com aquele vidro trincado. Afinal de contas, é um risquinho, nem dá para perceber mesmo!
Se você recebeu uma ligação dizendo que a compra de um determinado produto naquele momento te isentaria de uma certa obrigação, não esqueça de anotar o nome do atendente, sua filiação e a data/hora do atendimento (incluindo os microssegundos). Guarde o papel com a anotação na carteira, para não perder. Se a carteira estiver lotada, cheia de conta de luz, água, gás, cartão-fidelidade de restaurante, etc., vale a pena colocar o papel com a anotação no lugar da foto da sua namorada (afinal de contas, o nome da atendente você vai esquecer, quem é sua namorada, não).
Tocando neste assunto...
Juro para você: se o portão da garagem do meu prédio quebrar mais uma vez, começarei a desconfiar que o cara que vem fazer sua manutenção está gostando de alguma garota por aqui. É um dia sim e outro também ele está aqui! Agora o portão está estragando duas vezes ao dia. O camarada vem tanto ao prédio, que hoje eu estava saindo de carro e ele me cumprimentou, emendando:
-- Está saindo atrasado hoje, hein?! Até logo!
Ele tinha razão! Ele já sabe o horário em que eu saio de casa! E sobre o "até logo", sem comentários.
Se você ganhou 3 meses de alguma assinatura numa promoção relâmpago, se prepare para ter que ligar para o call center e jurar que você contratou o serviço na vigência daquela promoção e que, portanto, a cobrança é indevida.
Se você não abriu a caixa na loja para ver se o produto estava avariado antes de levá-lo para casa, vai ter que se acostumar com aquele vidro trincado. Afinal de contas, é um risquinho, nem dá para perceber mesmo!
Se você recebeu uma ligação dizendo que a compra de um determinado produto naquele momento te isentaria de uma certa obrigação, não esqueça de anotar o nome do atendente, sua filiação e a data/hora do atendimento (incluindo os microssegundos). Guarde o papel com a anotação na carteira, para não perder. Se a carteira estiver lotada, cheia de conta de luz, água, gás, cartão-fidelidade de restaurante, etc., vale a pena colocar o papel com a anotação no lugar da foto da sua namorada (afinal de contas, o nome da atendente você vai esquecer, quem é sua namorada, não).
Tocando neste assunto...
Juro para você: se o portão da garagem do meu prédio quebrar mais uma vez, começarei a desconfiar que o cara que vem fazer sua manutenção está gostando de alguma garota por aqui. É um dia sim e outro também ele está aqui! Agora o portão está estragando duas vezes ao dia. O camarada vem tanto ao prédio, que hoje eu estava saindo de carro e ele me cumprimentou, emendando:
-- Está saindo atrasado hoje, hein?! Até logo!
Ele tinha razão! Ele já sabe o horário em que eu saio de casa! E sobre o "até logo", sem comentários.
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