terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Parabéns a Você!

Conforme eu havia anunciado numa postagem passada, o meu aniversário chegou. Não é hoje exatamente. É que no dia do aniversário eu não pude vir aqui escrever, então deixei para hoje. Bem, não hoje especificamente, mas para algum dia em que eu tivesse mais tempo (muito embora hoje não tenha sido exatamente um dia tranqüilo). Enfim, estou rodeando muito: escrevo hoje, que não é o meu ainversário, sobre ele, queira você goste ou não.

Sempre achei engraçado que no aniversário damos os parabéns as pessoas. Parabéns pelo quê exatamente?! Seria pela competência do sujeito de ter nascido naquele dia e mês de muitos anos atrás? Até que poderia ser, afinal de contas, o obstetra marcou o dia do nascimento e você saiu de lá naquele dia, cumprindo o prazo acordado. Ou seria pelo fato do aniversariante ter conseguido sobreviver durante mais um ano? Aqui no Rio, em meio a balas perdidas, faz todo o sentido, mas não creio ser este o motivo fora daqui. Em suma, nenhum motivo decente me vem a cabeça.

Tocando neste assunto...

Até a década de 40, a tradicional música de comemoração de aniversário consistia dos versos de "Happy Birthday to You", cantada em inglês mesmo. Insatisfeita com isso, a rádio Tupi organizou um concurso para premiar a melhor versão brasileira da música, com júri formado por membros da Academia Brasileira de Letras. A ganhadora foi a pindamonhangabense Bertha Celeste Homem de Mello, com os seguintes versos:

"Parabéns a você,
nesta data querida,
muita felicidade,
muitos anos de vida".
Minha taxa de acerto no Hino Nacional consegue ser maior do que no Parabéns a Você: com exceção do último, todos os demais versos eu canto errado. Incluindo o título.

Falta saber quem é o autor da continuação imortal "Com quem será, com quem será (...)".

Bertha pertence a Academia Pindamonhangabense de Letras, morreu em 1999 aos 97 anos. Mencionou ter se emocionado durante a entoação de sua composição em diversas ocasiões. Não é para menos, concordam?!

O mundo era perfeito

Quando eu era criança, eu achava que o mundo era perfeito. Não que eu tivesse nascido em berço de ouro, muito pelo contrário. E nem que eu t...