quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Ano novo, corte de cabelo... velho, por favor!

Pode ser barbeiro, cabeleireiro ou cabeleireira. Pode ser no salãozinho do bairro ou no mais chique salão de beleza. Eu não sei o que a teoria de cortes de cabelo e penteados determina que, unanimanente, todos aqueles que cortam meu cabelo acham que tem que passar gel ao final. E ainda fazem um penteado meio "moderno", meio espetado. E não adianta ficar de olho: quando vejo, já estou de gel. Eles são tão rápidos que não dá tempo de impedir. Tenho a impressão que eles me oferecem uma revista justamente para me distrair.

No princípio, eu achava que era para tentar disfarçar um defeito que eles causaram. Depois, comecei a me perguntar se não estavam simplesmente tentando ousar, para ver se o cliente curtia o visual novo e inesperado. Se acertassem no gosto, fidelizavam o freguês. O problema é que eu sempre detestei. Era como se tivessem colocado na minha cabeça um cabelo que não era meu. Como um careca, que sai com uma peruca de outra pessoa, por engano (se é que esta situação é possível na vida real -- nunca a vi nem em filmes, mas vale a analogia de qualquer forma). Quando saía do salão, torcia para não encontrar ninguém conhecido até que eu chegasse em casa e lavasse a cabeça.

Havia já um tempo que eu não precisava avisar de antemão "Ah, e por favor, não precisa passar gel no fim do corte, ok?". Pensei que eu havia entrado finalmente numa faixa etária na qual aquele gel no cabelo era inapropriado (na opinião deles inclusive). Mas estes dias fui cortar, não avisei, e tive que deixar para lá a outra coisa que eu tinha que fazer no shopping. Fui direto pegar o carro no estacionamento. E pelas escadas de incêndio.

Tocando neste assunto...

Sempre que corto o cabelo, acho que ele ficou pior do que estava. Em geral, acho que ocorre o contrário com as pessoas! Não sei exatamente porque isto acontece comigo. Creio se deva ao fato de eu adiar tanto o momento, que quando corto, parece que fiquei muito diferente. Depois de alguns dias, me acostumo. O pior é que quando eu reclamo, a resposta em geral é:

-- Não acho... me parece normal... você sempre foi assim mesmo...

E dizem isto logo depois de eu mencionar que achei que ficou uma droga. Muita delicadeza.

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Quando eu era criança, eu achava que o mundo era perfeito. Não que eu tivesse nascido em berço de ouro, muito pelo contrário. E nem que eu t...