segunda-feira, 31 de maio de 2010

Homens e Mulheres

Mulheres são mais dedicadas aos estudos que os homens. Elas sabem explicar, se questionadas, exatamente o que é a Mecânica de Newton. Eles ficam perplexos com tal pergunta, por terem certeza que Newton era um famoso físico num tempo onde nem carro existia. Por outro lado, homens são mais observadores que as mulheres. Eles logo cedo se dão conta de que dois times de futebol precisam vestir uniformes bem diferentes para permitir ao juiz, aos expectadores e aos próprios jogadores uma rápida identificação de um membro do time. As mulheres acham que eles evitam uniformes parecidos pela mesma razão que em uma festa elas evitam vestir uma roupa parecida com a da sua amiga.

Por mais que os movimentos feministas briguem para afirmar que mulheres são equivalentes aos homens, isto nunca será verdade. Não significa contudo que as mulheres sejam 'menos' que os homens ou vice-versa. Simplesmente, homens e mulheres são muito diferentes, mesmo aqueles que são gêmeos univitelinos.

Tocando neste assunto...

... hoje um velho amigo de faculdade enviou uma mensagem para a lista de e-mails da turma dando a notícia de que será pai de uma menina. Depois de várias respostas masculinas, com conteúdos diversos, a primeira resposta feminina foi uma curta pergunta:

-- Ela já tem nome?!

Isto nunca partiria de um homem, podem acreditar.

domingo, 30 de maio de 2010

Orkut ou não Orkut: eis a questão

Eu já tive Orkut. Depois de um tempo, apaguei-o após ponderar sobre a questão: qual estava sendo o benefício?

De fato, ele conseguiu me colocar em dia sobre como andava a vida dos meus amigos e conhecidos, o que era legal. Sabia dos meus amigos onde iam nos feriados, quais as idades, os aniversários, se fumavam ou bebiam, as religiões, e até como classificavam o próprio humor (como se eu precisasse desta informação). Lia as mensagens deixadas por outros no Orkut dos meus amigos e efetuava muitas outras invasões concedidas de privacidade. Mas a que preço? Não raro, quando me dava conta, já tinha se passado uma hora navegando por aqui e por ali. Apesar da vontade de fuçar a vida alheia que existe em todos nós, no meu caso não compensou o investimento de tempo. E não acredito na tese de que eu é quem não sabia ser eficiente no uso do Orkut: muitas empresas, publicamente ou não, condenam o uso de Orkut durante o trabalho por este problema.

Tocando neste assunto...

... o Orkut nas empresas poderia ser tolerado mesmo considerando-se a perda de tempo que o seu uso acarreta. O problema não é o gasto do tempo de trabalho para vasculhar a vida dos outros. O problema é que ninguém consegue ser convincente ao afirmar que primariamente utiliza o Orkut para outro fim mais louvável. Se houvesse pelo menos alguma justificativa, alguma razão, para contar ao chefe quando o camarada fosse pego no flagra, ele seria o maior sucesso. O LinkedIn está aí para não me deixar mentir.

sábado, 29 de maio de 2010

Fazer o necessário

Depois de quase dois anos e meio de idas e vindas na metodologia de como educar a minha filha, acho que finalmente cheguei ao ponto de distinguir, com razoável precisão, onde termina uma preferência particular dela de onde começa uma boa pirraça. É uma linha tênue cuja identificação é importante. Com efeito, não queremos nem privar os filhos do atendimento de algumas vontades que lhes são peculiares, nem queremos ser vistos como lenientes. Toda a dificuldade reside em fazê-los entender que nem sempre o que eles querem é o melhor, ou o mais correto, a ser feito.

Tocando neste assunto...

... estava navegando pelos canais da TV, quando interessei-me por um especial sobre as obras de um arquiteto reconhecido mundialmente. No final do programa, finalizando uma estrevista, ele afirmou algo mais ou menos assim (não menciono o seu nome para evitar de colocar referência ao programa, dado que não a tenho, e de citar a frase dita tal qual, exatamente pelo mesmo motivo):

'-- Um bom arquiteto é aquele que faz arquitetura da maneira que acha que tem que ser feito, não aquela que esperam que ele faça.'

De alguma forma, isto me lembrou a educação da minha filha.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sucesso!...................?

Estes dias eu estava lendo que uma certa marca de cigarros havia, em termos percentuais, crescido as suas vendas em algo como 7%. Segundo esta mesma reportagem, era tanto um motivo de alarme para a saúde pública, quanto um mérito da equipe executiva daquela determinada companhia.

O que não sei é se o repórter em questão havia se preocupado em olhar as estatísticas sobre o número de fumantes ao longo dos anos para chegar a esta conclusão. A minha impressão, e segundo uma reportagem do Globo.com (http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL95618-5598,00.html), o número de fumantes vem caindo. Portanto, o que esta empresa atingiu foi uma maior fatia do mercado entre aqueles que ainda fumam. De fato isto representa um mérito aos executivos, mas não chega a ser uma preocupação maior para a saúde pública (pelo menos, do ponto de vista lógico).

Certas informações deturpam muitas das vezes as verdades. Tocando neste assunto...

... googlando a expressão "tocando neste assunto blog", o meu blog aparece como 2º da lista de uma séria de cerca de 1.110.000 resultados. Sucesso absoluto, portanto? Não creio: o blog foi criado há menos de uma semana e só apareceu nos registros do Google hoje.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Bread Delivery

Hoje em dia existe delivery de tudo: remédio, itens de papelaria, água mineral em garrafa, figurinhas da Copa do Mundo de 2010, e praticamente tudo o que se possa imaginar de comestíveis, incluindo pizza, lanches, carne, bebidas, e por aí vai. O 'praticamente' é por conta de que, infelizmente, um dos serviços mais importantes de entrega ainda não existe: a entrega domiciliar de pão francês!

O pão francês é o ícone do café da manhã brasileiro. É o feijão-com-arroz do desjejum. Quem é que não gosta de um pão francês quentinho logo pela manhã, com bastante queijo, requeijão, margarina, manteiga, salsicha, presunto, ou muzzarela? Existem outras opções de recheio, mas tenho certeza que os acima já são suficientes para garantir 99% da população. Se ele é tão importante, e se sair cedo para comprá-lo é tão desagradável, por que o negócio de entregá-lo em domicílio ainda não é tão explorado?

Tocando neste assunto de inconveniência de comprar pão pela manhã...

... lembrei de um conhecido que estes dias estava exemplificando como uma mulher pode convencer o homem no diálogo, sem apelar para discussões ou indiretas. Eis o exemplo:

-- Rapaz, ontem, por exemplo, a minha mulher me acordou bem devagarzinho, chegou perto do ouvido e disse com a voz mais meiga do mundo: 'Amor, você compra um pãozinho para mim?!'. Não tive como resistir.

Ele nem precisou especificar se eram 05h45 da manhã, ou se a temperatura lá de fora era de 0ºC, ou se chovia torrencialmente, ou se ocorria isto tudo ao mesmo tempo. Para mim, e para todos os demais ouvintes, ficou claro o sacrifício.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Googando sobre Pinóquio, quem diria!

Hoje a minha filha custou a dormir. Eu já tinha contado duas longas estórias, cheias de encenação e tudo o que uma boa contação tem direito, quando ela finalmente aceitou que eu apagasse as luzes.

Na missão de fazê-la dormir, há três objetivos sucessivos, que culminam na vitória. Primeiro, é necessário que ela aceite, sem espernear, que a luz seja apagada, deixando acesa apenas a luz da luminária. Em seguida, entra-se na etapa na qual o resultado a ser alcançado é induzi-la a pedir Nescau. Após a mamadeira, já está quase lá. Só falta terminar a estória interrompida pelo pedido de Nescau e dar um beijo de boa-noite.

Já na etapa pós-Nescau, terminei a estória do Pinóquio, dizendo: "(...) e eles foram felizes para sempre!". Ao me aproximar para dar o beijo final, eis que surge a surpresa:

-- Papai, e a baleia?

-- Hein?

-- A baleia, faltou a baleia.

-- Boa-noite, filha...

-- Não papai, você esqueceu de contar a parte da baleia!

Realmente! Ela tinha razão! Lembrei-me de quando eu era criança, e tinha um disco de vinil com contos infantis, e em particular do trecho da narrativa onde Pinóquio e Gepeto se encontram dentro da barriga de uma baleia. O problema era que eu não sabia nem como eles haviam parado lá, nem como saíram.

Após mais alguma enrolação, ela dormiu. Desta vez ela comprou a desculpa de que a baleia estava de barriga cheia por ter engolido o Jonas. Mas é melhor eu googlar sobre o Pinóquio para não dar margem para contra-ataques na próxima.

Tocando neste assunto...

... e eu que pensei que ela ficasse o dia inteiro no parquinho do maternal. Estou ficando para trás, as professoras estão me deixando com cara de bobo! Da próxima vez, levarei o livro só por segurança.

domingo, 23 de maio de 2010

A transação foi processada com sucesso!

Estava hoje eu pagando uma conta pela Internet quando me dei conta de um aspecto de uma mensagem que constantemente é emitida por computadores: '(Alguma coisa) foi processado(a) com sucesso!' Vocês naturalmente já viram diversas notificações exatamente nesta forma ou numa equivalente.

Notaram a mensagem subliminar contida nesta expressão?

Está subentendido que os computadores normalmente falham. Isto não é grande novidade, acredito que todos concordam empiricamente com isto. Nesta expressão cunhada pelos programadores de computadores, encontra-se implicitamente a confissão, quase que um desabafo inconsciente, de que programar é realmente difícil.

De fato, se uma tarefa foi feita com sucesso, significa que ordinariamente o resultado de tal tarefa foi melhor daquele esperado. Afinal de contas, não é este o significado de sucesso? Sair-se acima da média numa daterminada atividade? Eu nunca vi ninguém dizendo por aí 'Abri a porta com sucesso e entrei em casa ensopado por causa da chuva'.

Talvez os defensores da computação não concordem com este ponto de vista. Respeito a discordância, desde que um pedido seja atendido: troquem tais mensagens para '(...) processado com o sucesso habitual'.

Tocando neste assunto...

... estes dias um amigo estava elogiando o seu celular, um destes de última geração que é mais fácil descrever o que falta do que aquilo que tem. O problema era que o aparelho, do nada, travava exigindo sua reinicialização. Espero que os marca-passos nunca tenham que ser programados.

Inauguração

Engraçado começar a primeira frase. Por onde começar? Se disser pelo começo, não vale...

O fato é que estava hoje eu, navegando pela Internet, sem novos e-mails a ler (exceptuando-se os spams é claro), quando cheguei aqui. Senti uma vontade irresistível de criar um blog e aqui estou eu (e você).

Espero que tenha gostado do título. Que fique apenas entre nós, não foi o primeiro que tive vontade de colocar. Mas foi aquele que consegui achar disponível para uso, juntamente com 'Xpto no espaço' e 'Casa do Chapéu Amarelo'. Preferi 'Tocando neste assunto'. Primeiro, por gostar mais deste do que dos outros dois. Depois, por preguiça de procurar outros disponíveis. Aliás, tocando neste assunto....

É incrivelmente incoveniente este negócio de registrar nomes únicos na Internet. Já não basta meu endereço de e-mail ser fabianoo@gmail.com por causa de um outro Fabiano mais rápido do que eu, como também eu tenho um outro e-mail fabsoliv@coisaetal pelo fato de fabiano@coisaetal já existir e de que, segundo as regras de criação do tal e-mail, o nome de usuário deveria ter no máximo 8 caracteres. Conclusão, 'fabsoliv' foi o máximo que a minha capacidade criativa com prazo de 15 segundos para trabalhar conseguiu realizar. No final, meu nome de usuário é quase uma senha.

Sempre me pergunto quando tento criar um novo cadastro on-line se algum outro Fabiano (que passa exatamente pelos mesmos problemas que eu), algum dia, decidiu aceitar a sugestão de usar o nome fabiano_23244_2010 que o sistema insiste em sugerir, simplesmente pelo fato de estar disponível. Quem aceita um nome destes, pode contar, é spammer! Acredito que algum dia um indivíduo chegará num cartório para registrar o filho e a conversa será mais ou menos assim:

-- Nome?
-- Meu ou o do bebê?
-- O seu o senhor já me informou, quero saber agora o do bebê. (Com o bebê recém-chegado, o pai está com a cabeça nas nuvens...)
-- Ah, claro. Será José da Silva!
-- Hmmm... este não pode... mas que tal José_da_Silva_RJ_213 ?

O mundo era perfeito

Quando eu era criança, eu achava que o mundo era perfeito. Não que eu tivesse nascido em berço de ouro, muito pelo contrário. E nem que eu t...