domingo, 30 de maio de 2010

Orkut ou não Orkut: eis a questão

Eu já tive Orkut. Depois de um tempo, apaguei-o após ponderar sobre a questão: qual estava sendo o benefício?

De fato, ele conseguiu me colocar em dia sobre como andava a vida dos meus amigos e conhecidos, o que era legal. Sabia dos meus amigos onde iam nos feriados, quais as idades, os aniversários, se fumavam ou bebiam, as religiões, e até como classificavam o próprio humor (como se eu precisasse desta informação). Lia as mensagens deixadas por outros no Orkut dos meus amigos e efetuava muitas outras invasões concedidas de privacidade. Mas a que preço? Não raro, quando me dava conta, já tinha se passado uma hora navegando por aqui e por ali. Apesar da vontade de fuçar a vida alheia que existe em todos nós, no meu caso não compensou o investimento de tempo. E não acredito na tese de que eu é quem não sabia ser eficiente no uso do Orkut: muitas empresas, publicamente ou não, condenam o uso de Orkut durante o trabalho por este problema.

Tocando neste assunto...

... o Orkut nas empresas poderia ser tolerado mesmo considerando-se a perda de tempo que o seu uso acarreta. O problema não é o gasto do tempo de trabalho para vasculhar a vida dos outros. O problema é que ninguém consegue ser convincente ao afirmar que primariamente utiliza o Orkut para outro fim mais louvável. Se houvesse pelo menos alguma justificativa, alguma razão, para contar ao chefe quando o camarada fosse pego no flagra, ele seria o maior sucesso. O LinkedIn está aí para não me deixar mentir.

O mundo era perfeito

Quando eu era criança, eu achava que o mundo era perfeito. Não que eu tivesse nascido em berço de ouro, muito pelo contrário. E nem que eu t...